SINDSAÚDE


Assassinato faz posto de saúde do Denisson Menezes fechar as pas Jovem foi morto a tiros na tarde desta terça-feira; homens armados fogem sem deixar pistas e população se diz amedrontada com a onda de crimesort

07/05/2013 18:51

 

 

 

Atualizada às 17h21

O assassinato do aposentado Charmesson Felipe da Silva, de 19 anos, acarretou no fechamento do posto de saúde do Conjunto Denisson Menezes, no Tabuleiro do Martins, na tarde desta terça-feira (07). A vítima seguia em uma bicicleta quando foi atingida por disparos de arma de fogo e não resistiu à gravidade dos ferimentos. Com medo da violência, funcionários públicos fecharam a unidade de saúde da comunidade, que deve ser reaberta na manhã desta quarta-feira (08).

Para a irmã de Charmesson, Charlan da Silva, de 17 anos, o aposentado foi vítima de roubo seguido de morte, pois ele estaria com parte do benefício sacado durante a manhã e com um celular. No entanto, testemunhas afirmam que ele foi vítima de um “acerto de contas”. Os criminosos não teriam levado nenhum dos objetos pessoais dele, o que invalidaria a tese de latrocínio (roubo seguido de morte).

Uma prima de Charmesson, Luana da Silva, de 18 anos, afirmou à reportagem da Gazetaweb que suspeita que o primo sabia que estava na mira de criminosos, devido ao comportamento que ele apresentava nos últimos dias. “Ele praticamente não saiu de casa na últimas semanas. Havia algo de estranho, mas ele não comentou nada com a família. Hoje, saiu para fazer uns retoques na tatuagem e acabou sendo morto”, ressaltou.

De acordo com ela, o crime pode ser motivado por uma disputa entre conjuntos do Tabuleiro do Martins. “Quem mora no Conjunto Denisson Menezes não pode entrar no Conjunto Gama Lins e quem mora no Gama Lins não entra no Denisson Menezes. Existe uma disputa entre os dois e meu primo pode ter desrespeitado a 'regra'”, acrescentou Luana.

Servidores públicos que trabalham na unidade de saúde fechada devido à violência relataram que cenas de violência são comuns no local. "Esta não é e nem será a primeira vez que isso acontece por aqui, onde impera a lei do silêncio. Só escutamos a saraivada de tiros e, quando saímos à porta, já vimos o homem morto e os atirados ainda com as armas em punho. Enquanto isso, a população mais carente é quem acaba prejudicada porque não há condições de se trabalhar neste cenário", comentou uma funcionária do posto de saúde que prefere não ser identificada, acrescentando já pensar em pedir transferência para outra unidade do Município.

Charlan era aposentado por sofrer com problemas graves de saúde.

Militares do Batalhão de Policiamento de Guarda estiveram no local e não conseguiram localizar o suspeito. Os policiais acionaram o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal para periciar e recolher o corpo, respectivamente

 

Gazetaweb
 

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